Os médicos são contra, mas as meninas adoram um salto alto e os pais precisam resolver esse impasse.
Os que tentam argumentar, dizem que isso não coisa de criança. Os que cedem aos pedidos das filhas e compram apenas um sapato de salto, podem enfrentar o problema da criança só querer usar o mesmo, sempre.
Vitória, de nove anos, justifica a preferência. "Sapato de saltinho é o que eu gosto de usar mesmo. Eu acho que fica mais bonitinho, que deixa eu mais alta e mais bonita".
A gerente da loja confirma o gosto das meninas. "A criança chega na loja e , naturalmente já procura o salto", diz Niuzilete Oliveira.
Vitória experimenta, desfila, faz pose de estrela, mas não convence a mãe. "Eu evito comprar salto alto porque eu ainda acho que não é legal pra idade dela estar com salto, mesmo porque eu acho que pode prejudicar”.
As meninas podem se sentir mais altas, mais elegantes, mas saúde é mais importante.
"Não é aconselhável usar o salto alto", afirma o ortopedista Caio Fernando. O médico, especialista no tratamento de crianças com problemas de locomoção, explica que nessa fase a estrutura óssea ainda não está completa e se deforma com mais facilidade.
Com salto alto, a ponta do pé fica constantemente pressionada pelo peso do corpo sobrecarregada. O que pode provocar joanetes, desgastes na articulação, dores crônicas. Sem contar os problemas na coluna, que pode ficar mais curvada na região lombar, porque o salto projeta o corpo para frente.
O salto alto nunca é indicado, mas se não tiver jeito. “Use depois que terminar o crescimento. Na moça, por exemplo, o estirão do crescimento vai até a primeira menstruação”, explica Caio Fernando, médico ortopedista
Descer do salto alto, como recomendam os ortopedistas, pode ser também muito mais divertido. Dá mais liberdade para correr, pular, brincar. Os psicólogos aconselham: é preciso viver a infância intensamente e essa receita de saúde vale dos pés à cabeça.
A psicóloga Stella tem uma dica para resolver o impasse entre a vaidade e a saúde: salto só na hora da brincadeira. “Use no faz de conta, pontualmente. Não o dia inteiro, fazendo de conta que é um adulto, porque na verdade a criança precisa ser criança”, declara Stela Lobato, psicóloga.
A psicóloga Stella tem uma dica para resolver o impasse entre a vaidade e a saúde: salto só na hora da brincadeira. “Use no faz de conta, pontualmente. Não o dia inteiro, fazendo de conta que é um adulto, porque na verdade a criança precisa ser criança”, declara Stela Lobato, psicóloga.
Fonte: G1
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