Nos próximos dias, 3 e 4 de novembro, mais de cinco milhões de estudantes vão fazer as provas do Enem,
o Exame Nacional do Ensino Médio. As mudanças na forma de avaliação das
provas levaram muitas escolas a criar novos programas de estudo.
Ainda faltam quatro anos para uma turma chegar à faculdade, mas ninguém
pensa em deixar a preparação para última hora. De olho no Enem, um
colégio acrescentou nove disciplinas ao currículo.
“Os meninos ficaram assim: ‘ahh, o que nós vamos estudar’ e hoje eles
gostam. Adoram”, comenta a coordenadora pedagógica Valéria Pardini.
Uma das aulas é educação patrimonial, que fala da preservação dos bens culturais.
Em uma outra escola de Belo Horizonte não houve mudança no currículo,
mas, em sala de aula, os alunos passaram a relacionar as disciplinas. Em
um caso da ficção, como Frankestein, por exemplo, eles aprendem, ao
mesmo tempo, literatura, física e química. Os livros foram criados pelos
próprios professores, de acordo com o modelo de prova que os alunos
costumam enfrentar no Enem.
Esse tipo de iniciativa tem dado bons resultados. Em muitas escolas a
nova forma de ensino aponta para o fim do modelo de estudo baseado na
famosa decoreba.
“A decoreba não testa conhecimento, a decoreba testa memória, quer
saber se você é bom de memória. E que uso tem isso? Nenhum. O que eu
quero dizer com isso é que não há um desprezo pelo conhecimento, é uma
nova forma de usar esse conhecimento”, defende o consultor do Ministério
da Educação, Luiz Antônio Prazeres.
Fonte: G1
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