O Governo Federal fez alterações no programa que pretende aumentar a oferta de médicos em regiões carentes e no interior do país.
Formado há um ano e meio, o clínico Pedro Dantas foi ganhar experiência
no interior de Pernambuco. Desde março, faz parte de um programa do
Governo Federal que seleciona médicos para trabalhar na periferia das
capitais e no interior do país. “É uma experiência muito gratificante,
que te expõe a situações que você não está muito acostumado. Te
fortalece como profissional”, conta o médico.
Pedro fez parte de uma minoria. Para a primeira edição do programa, 381
médicos foram contratados. Número que o governo considera bom, mas que
significa pouco mais de um terço das mil vagas oferecidas.
A baixa procura levou o Ministério da Saúde
a mudar algumas regras no programa que pretende levar médicos a regiões
mais pobres e carentes do país. Agora, o salário destes profissionais
será pago integralmente pelo Governo Federal e não mais pelos municípios
onde eles vão trabalhar.
Os médicos que se inscreverem terão que trabalhar durante um ano na
cidade escolhida. Vão receber uma bolsa de R$ 8 mil. Com o trabalho
avaliado por uma instituição de ensino, os profissionais ganharão pontos
na hora de fazer uma especialização.
O clínico geral Flavio Cadegiani, com quatro anos e meio de profissão,
elogia a iniciativa e diz que ela pode atrair mais profissionais se for
ampliada. “Eu acho que precisa aprimorar um pouco mais esse programa.
Tem que melhorar as condições de trabalho, porque não adianta só
salário. Então, ter uma facilidade de acesso a pacientes mais
complexos”, diz Cadegiani.
Mas o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, acredita que as mudanças vão contribuir para
aumentar o número de médicos nos hospitais das áreas mais carentes. “O
principal objetivo do programa é influenciar a formação do médico.
Outras iniciativas estão sendo tomadas pelo Ministério da Saúde, pelo
Ministério da Educação, pelos estados e municípios para buscar cobrir
esse déficit de profissionais médicos nas áreas que mais precisam”,
explica Padilha.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário