Dos 13 aeroportos brasileiros que receberão investimentos para modernização e aumento de capacidade, com vistas à Copa do Mundo de 2014, nove não ficarão prontos a tempo e um será finalizado no mês em que se inicia o campeonato - 'se tudo der certo'. A conclusão é do estudo 'Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações', divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Mesmo se todas as obras forem concluídas até 2014, isso não quer dizer que a aviação civil brasileira voará em céu de brigadeiro. Levando em conta o crescimento da economia brasileira, o Ipea estima que o movimento de passageiros vai crescer em média 10% ao ano, chegando a 151,8 milhões de pessoas nos 13 aeroportos da Copa, durante o ano de 2014. Com as reformas, a capacidade dessas unidades será de 148,7 milhões. Dez aeroportos estariam em situação crítica, com taxa de ocupação acima de 100%.
'A análise do plano de investimentos para os 13 aeroportos da Copa sugere que as obras foram planejadas com subdimensionamento da demanda futura (...) O setor continua sendo planejado com o olho no espelho retrovisor, em vez de se preparar para 40 anos à frente', diz o documento elaborado pelo Ipea. O instituto lembra que o governo federal assegurou à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) R$ 5,6 bilhões para investir nesses 13 aeroportos, para um aumento de 57,4% na capacidade.
Como solução para o possível atraso, o Ipea sugere que o poder público poderia estabelecer procedimentos diferenciados em relação às obras de infraestrutura nos aeroportos, a fim de diminuir a demora na execução das diferentes etapas desse tipo de investimento. O instituto também menciona a participação da iniciativa privada. 'A iniciativa privada investe recursos nos demais modais de transporte (rodoviário, ferroviário e aquaviário). Apenas para o setor aeroportuário não há investimentos privados'.
Fonte: Google
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