quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nove aeroportos não ficarão prontos para Copa 2014, diz Ipea.

Dos 13 aeroportos brasileiros que receberão investimentos para modernização e aumento de capacidade, com vistas à Copa do Mundo de 2014, nove não ficarão prontos a tempo e um será finalizado no mês em que se inicia o campeonato - 'se tudo der certo'. A conclusão é do estudo 'Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações', divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Com base no tempo médio de uma obra de infraestrutura de transporte de grande porte no Brasil, e no estágio atual dos trabalhos em cada aeroporto, o Ipea concluiu que os aeroportos de Manaus, Fortaleza, Brasília, Guarulhos (SP), Salvador, Campinas (SP), Cuiabá, Confins (MG) e Porto Alegre não estariam prontos para a Copa de 2014. As obras do aeroporto de Curitiba podem ficar prontas até junho de 2014, 'se tudo der certo', diz o estudo. Essa previsão é otimista, porque não leva em conta problemas como um questionamento do Tribunal de Contas da União (TCU), por exemplo.
Mesmo se todas as obras forem concluídas até 2014, isso não quer dizer que a aviação civil brasileira voará em céu de brigadeiro. Levando em conta o crescimento da economia brasileira, o Ipea estima que o movimento de passageiros vai crescer em média 10% ao ano, chegando a 151,8 milhões de pessoas nos 13 aeroportos da Copa, durante o ano de 2014. Com as reformas, a capacidade dessas unidades será de 148,7 milhões. Dez aeroportos estariam em situação crítica, com taxa de ocupação acima de 100%.
'A análise do plano de investimentos para os 13 aeroportos da Copa sugere que as obras foram planejadas com subdimensionamento da demanda futura (...) O setor continua sendo planejado com o olho no espelho retrovisor, em vez de se preparar para 40 anos à frente', diz o documento elaborado pelo Ipea. O instituto lembra que o governo federal assegurou à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) R$ 5,6 bilhões para investir nesses 13 aeroportos, para um aumento de 57,4% na capacidade.
Como solução para o possível atraso, o Ipea sugere que o poder público poderia estabelecer procedimentos diferenciados em relação às obras de infraestrutura nos aeroportos, a fim de diminuir a demora na execução das diferentes etapas desse tipo de investimento. O instituto também menciona a participação da iniciativa privada. 'A iniciativa privada investe recursos nos demais modais de transporte (rodoviário, ferroviário e aquaviário). Apenas para o setor aeroportuário não há investimentos privados'.

Fonte: Google

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