domingo, 4 de março de 2012

No Brasil, 33 mil crianças são cegas por doenças oculares evitáveis

Dados divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia nesta quarta-feira (29) sobre a visão dos brasileiros revelam que o número de pessoas diagnosticadas com cegueira no Brasil chegou a 1,15 milhão em 2011. Dessas, 33 mil são crianças que deixaram de enxergar por conta de doenças oculares evitáveis.
Segundo a Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 100 mil crianças brasileiras possuem algum tipo de deficiência visual. Cerca de 15 milhões de crianças em idade escolar apresentam algum erro de refração capaz de gerar problemas de aprendizado, baixa auto-estima e dificuldades de inserção social.
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Catarata e cegueira
No Brasil, a chance de uma pessoa se tornar cega depois dos 80 anos aumenta até 30% na comparação com a população com até 40 anos de idade.
O Conselho defende que o impacto social da cegueira e a prevalência de catarata entre pessoas mais velhas sejam problemas abordados pelas políticas de saúde pública no país. Atualmente, a prevalência de cegos por catarata no país é de 350 mil pessoas. Novos casos da doença a cada ano representam 20% da prevalência.
Segundo o órgão, o Sistema Único da Saúde (SUS) deveria garantir a realização de pelo menos 390 mil cirurgias de correção de catarata por ano no Brasil. Outras 180 mil operações do tipo deveriam ser feitas pelos serviços privados, totalizando 540 mil atendimentos por ano.
Mas a demanda é ainda maior, segundo o Conselho, caso o objetivo seja impedir que mais brasileiros desenvolvam catarata. Para essa meta, seriam necessários 720 mil procedimentos anuais.
O combate a doenças oculares é feito muitas vezes por meio de transplantes. Somente em 2011, foram feitos 14.182 transplantes de córnea no Brasil, o segundo país no mundo em número absoluto de transplantes de órgãos e tecidos.
Cerca de 90% das córneas recebidas são aptas para as operações, que possuem êxito de 90%. Pessoas de todas as idades são aptas para doar e para receber o material.

Fonte: G1

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