sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Programa incentiva médicos a atender em regiões carentes




O Governo Federal fez alterações no programa que pretende aumentar a oferta de médicos em regiões carentes e no interior do país.
Formado há um ano e meio, o clínico Pedro Dantas foi ganhar experiência no interior de Pernambuco. Desde março, faz parte de um programa do Governo Federal que seleciona médicos para trabalhar na periferia das capitais e no interior do país. “É uma experiência muito gratificante, que te expõe a situações que você não está muito acostumado. Te fortalece como profissional”, conta o médico.
Pedro fez parte de uma minoria. Para a primeira edição do programa, 381 médicos foram contratados. Número que o governo considera bom, mas que significa pouco mais de um terço das mil vagas oferecidas.
A baixa procura levou o Ministério da Saúde a mudar algumas regras no programa que pretende levar médicos a regiões mais pobres e carentes do país. Agora, o salário destes profissionais será pago integralmente pelo Governo Federal e não mais pelos municípios onde eles vão trabalhar.
Os médicos que se inscreverem terão que trabalhar durante um ano na cidade escolhida.  Vão receber uma bolsa de R$ 8 mil. Com o trabalho avaliado por uma instituição de ensino, os profissionais ganharão pontos na hora de fazer uma especialização.
O clínico geral Flavio Cadegiani, com quatro anos e meio de profissão, elogia a iniciativa e diz que ela pode atrair mais profissionais se for ampliada. “Eu acho que precisa aprimorar um pouco mais esse programa. Tem que melhorar as condições de trabalho, porque não adianta só salário. Então, ter uma facilidade de acesso a pacientes mais complexos”, diz Cadegiani.
Mas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acredita que as mudanças vão contribuir para aumentar o número de médicos nos hospitais das áreas mais carentes. “O principal objetivo do programa é influenciar a formação do médico. Outras iniciativas estão sendo tomadas pelo Ministério da Saúde, pelo Ministério da Educação, pelos estados e municípios para buscar cobrir esse déficit de profissionais médicos nas áreas que mais precisam”, explica Padilha.

Fonte: G1

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