quarta-feira, 22 de junho de 2011

Suécia constrói depósitos de lixo atômico debaixo do oceano

                                    

Toda usina nuclear produz um lixo radiativo. Essa é um das maiores preocupações dos ambientalistas e das autoridades de países que usam energia atômica para produzir eletricidade. Os enviados especiais do Jornal Nacional à Suécia, Marcos Losekann e Sérgio Gilz, conheceram uma solução de engenharia para esse problema.
Um depósito de lixo, muito além do fundo do mar. Se uma lâmina de apenas 50 centímetros de água já é considerada segura para evitar a propagação de radioatividade, imagine então com mais de 300 metros de água em cima.
O depósito de lixo atômico de Foshmark é considerado um dos mais seguros do planeta. Fica em um túnel, 50 metros abaixo do fundo do mar, no coração de uma rocha de 1,9 milhão de anos de existência. É um material tão duro quanto o aço e tão isolante quanto o chumbo. Nele, todo o lixo atômico produzido na Suécia está sendo sepultado para sempre.
Dentro da rocha e, ainda por cima, coberto por uma camada de um metro de concreto. São 100 toneladas de lixo atômico por ano. O material é levado em contêineres por caminhões especiais. Tudo automatizado para evitar contaminação.
O depósito definitivo deu tão certo que os suecos decidiram ir ainda mais fundo: um túnel 10 vezes maior já está sendo escavado. Serão 500 metros abaixo do fundo do mar. O objetivo será vender espaço para que outros países também possam se livrar de seu lixo atômico.
Segundo a responsável pelo projeto, além de ter o solo livre do risco de terremotos, Foshmark fica bem atrás de uma ilha, em uma baía considerada à prova de tsunamis. Mas o melhor de tudo, diz ela, é que o projeto foi aprovado por 80% da população local, de olho nos investimentos que serão atraídos para lá: o equivalente a R$ 500 milhões, ‘energia econômica mais que bem-vinda em um município de apenas 6 mil habitantes.
Fonte: Jnr

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