quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Justiça determina que garrafões de água mineral tenham data de validade


Os consumidores brasileiros devem ficar atentos. Empresas que não respeitavam a data de validade dos garrafões de água mineral foram derrotadas na Justiça e agora vão ter que aceitar as regras determinadas pelo órgão que regulamenta o setor.
Água, em si, não tem prazo de validade. Só quando é armazenada, industrializada. Será que os consumidores dos mais de oito bilhões de litros vendidos por ano no Brasil sabem disso? “Com sinceridade, olhei só o preço”, revela um consumidor.
“A partir de um ano podem alguns microorganismos naturais, da própria água, se desenvolver. Não há risco à saúde, mas ela vai perder aquelas características, o paladar que você já está acostumado com sua água”, explica a bioquímica Petra Sanchez.
A água sem gás tem limite de um ano. Já a água com gás dura menos, exatamente porque vai perdendo as bolhinhas: no máximo três meses. Descartáveis, as garrafas plásticas não devem ser reaproveitadas.
Mas 57% da água mineral são consumidos em recipientes retornáveis, de até 20 litros. A vida útil deles, estabelecida pelo departamento nacional de produção mineral é de três anos. Algumas empresas resistiram a isso até o fim do ano passado, quando foram derrotadas na Justiça.
Em três anos, vasilhames são reutilizados, em média, 150 vezes. É claro que eles se desgastam mais por fora, pelo transporte, mas a própria lavagem, por dentro, também pode provocar certas ranhuras que comprometem a higiene.
“Se ficar, durante a lavagem, alguma bactéria ou alguma célula de algas, quando ela vai para o consumidor e o consumidor expõe à luz, essas bactérias se multiplicam e alteram completamente a qualidade do produto”, afirma a especialista Petra Sanchez. Ou seja, é preciso observar bem as datas de fabricação e vencimento do garrafão.
A água dentro deles também deve ter prazo de validade, estabelecido pelo engarrafador. Ele varia de 60 a 90 dias, com o vasilhame lacrado. Depois de aberto, a recomendação é consumir em duas semanas.
Fonte: G1

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