quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Brasil tem dificuldades para cumprir metas de educação

Em 2010, 3,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros estavam fora da escola. A conclusão é de um estudo de um movimento financiado pela iniciativa privada que acompanha o ensino em escolas públicas e particulares.

Nota dez para aqueles que estão alfabetizados na idade certa. Esta é uma das metas do Todos Pela Educação. Mas o relatório mostra que, já no terceiro ano do Ensino Fundamental, 20% das crianças estão atrasadas para a idade. Apesar de o Brasil ter aumentado a frequência na escola na faixa de 4 a 17 anos, o percentual ficou abaixo da meta: são quase quatro milhões fora da escola.
A Região Norte foi a que mais avançou, mas continua com os piores indicadores. O Acre tem o maior percentual longe da sala de aula: 15%. Em seguida vem o Amazonas e Roraima. O estado com melhor indicador é o Piauí: 6,2%. São Paulo tem 7%, mas aparece em primeiro lugar em números absolutos com mais de 600 mil fora da escola.
A ideia é que daqui a dez anos, em 2022, quando o Brasil vai comemorar o bicentenário da independência, a educação do país atinja um nível considerado satisfatório por países desenvolvidos. Parece que ainda falta muito tempo, mas os pesquisadores dizem que, se for mantido o atual ritmo de melhora, vai ser difícil cumprir pelo menos uma das metas.
A meta é que 90% dos jovens concluam o Ensino Médio até 19 anos. Mas a previsão é que só 65% consigam.
“O risco é que tenhamos um percentual de jovens no mercado de trabalho com baixa qualificação”, explica o Tufi Machado Soares, coordenados de pesquisas da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Outro desafio é aumentar o investimento em Educação Básica. Em 2010, ele ficou em 4,3% do PIB - abaixo da meta de 5% do Todos Pela Educação.
O ministro da Educação diz que o Congresso está discutindo aumento de verbas para o setor e defende outra fonte de recursos.
“Acho muito importante vincularmos parte dos recursos do pré-sal, pelo menos no período de uma década, à educação, ciência, e tecnologia”, defende o ministro Aloizio Mercadante.
O futuro de Caio depende de uma vaga na escola perto de casa, que a mãe não encontrou. A mãe dele, Andrea Dinalva Santos Lima, ressalta a importância do estudo. “Estudar? É importante para mim, é importante para sociedade é importante e paro mundo”.

Fonte: G1

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