sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dilma Rousseff reafirma que o Brasil está preparado para enfrentar a crise mundial

Em Nova York, onde discursou novamente na organização das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff declarou que o governo brasileiro está tomando providências cabíveis para lidar com a crise econômica internacional.
O dia da presidente Dilma Rousseff começou com mais uma reunião nas Nações Unidas. Ela defendeu a eliminação completa das armas nucleares e reafirmou o compromisso do Brasil com o uso pacífico e seguro da energia nuclear. "O Brasil deixou claro que um mundo no qual as armas nucleares são aceitas será sempre um mundo inseguro", disse Dilma.
Depois, numa entrevista coletiva, Dilma Rousseff avaliou a reação dos mercados à preocupação com um calote da Grécia. Para ela, a crise parece ser generalizada e permanente.
Dilma disse que está em contato direto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. "Tanto o ministro Tombini, repito, quanto o ministro Mantega estão tomando providências cabíveis, mas nós não estamos tomando ainda nenhuma medida inusual".
Um efeito da alta do dólar a longo prazo seria pressão sobre a inflação. Dilma Rousseff disse que está acompanhando a economia diariamente, com um olho na inflação, outro no desenvolvimento - e afirmou que está tranquila.
Segundo ela, o Brasil está em uma situação diferente da de outros países. "Nós temos nossas contas públicas em ordem, nós temos e somos um dos países com a mais elevada acumulação de reservas e também temos recurso, toda a regulação dos bancos brasileiros que é muito sólida. Nós temos bancos saudáveis", afirmou.
Dilma disse que o Brasil quer participar dos esforços para que a situação econômica mundial não provoque mais recessão. Mas afirmou que o problema da Grécia não se limita à falta de recursos. Dilma cobrou uma solução política para a crise. E disse que não usará reservas brasileiras para socorrer a Grécia.
“O governo brasileiro não acha que nós iremos e que nós solucionaremos o problema europeu, por exemplo, colocando dinheiro das nossas reservas no fundo de estabilização, porque não é esse o problema. Nós faremos qualquer medida que o mundo reparta entre si, desde que fique claro qual o caminho que querem adotar", disse Dilma.
A presidente voltou a cobrar dos países que tenham responsabilidade com a condução de suas políticas monetárias.
“Mesmo a gente considerando importante, entendendo porque é importante para alguns países expandirem sua política monetária e colocarem seus juros a zero, este fato ele cria uma competitividade para as economias destes países que expandiram suas moedas e colocaram seus juros a zero indevida”, afirmou Dilma.

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